Afinal, para que serve o Planejamento Estratégico para meu Negócio?
- Pedro T.

- 12 de jan. de 2024
- 6 min de leitura

Muito(a) empreendedor(a) se pergunta: "para que serve um planejamento estratégico para meu negócio?." Talvez por falta de conhecimento, acredita-se que somente nas grandes corporações isso é necessário. Com certeza em multinacionais, o planejamento estratégico é escrito na pedra, e obviamente com análises e monitoramento constante. As melhores são as melhores porque existem profissionais capacitados para diagnosticar, planejar, executar, avaliar. Algumas das maiores e melhores no Brasil também começaram pequenas e evoluíram por conta de um bom planejamento estratégico.
Segundo dados do governo federal, de janeiro a agosto de 2023 foram abertas 2.716.269 milhões de novas empresas, totalizando 21,8 milhões de empresas ativas em todo o território nacional. Destas, 93,7% são de microempresas ou empresas de pequeno porte.
Tendo em vista a massiva quantidade de empreendedores lutando para conseguir fazer seu negócio girar e minimamente ver um lucro satisfatório, é crucial entender que para saber diagnosticar, planejar, executar, avaliar as nuances do seu negócio e manter a calma para seguir em frente é preciso conhecimento e experiência.
Experiência alinhada ao Conhecimento.
Já ouvi muita falácia de "empresários" sustentando a ideia que "veio de baixo, conseguiu na raça e vai continuar assim" e quando você pergunta a margem de lucro dele no ano passado, ele não sabe responder.
Por outro lado, já vi jovens com diploma de master business, daquelas com etiqueta cara, sem nunca ter feito uma reunião de prestação de contas para investidores do mercado. Sem sombras de dúvidas, é possível alinhar as duas forças para conseguir uma luz ao sol deste mercado altamente competitivo. Mas uma depende da outra.
De forma simples, para executar o Planejamento Estratégico de Negócio basta seguir as etapas: 1-Diagnóstico; 2-Filosofias e Diretrizes; 3-Objetivos e Metas; 4-Plano Tático/Operacional; 5-KPIs:
Diagnóstico: Esta etapa envolve a análise detalhada da situação atual da empresa. O diagnóstico pode incluir a avaliação de processos internos, desempenho dos profissionais, desempenho financeiro, satisfação do cliente, entre outros fatores. Os principais ganhos incluem a identificação de pontos de melhoria, a compreensão das forças e fraquezas da empresa e o estabelecimento de uma base sólida para o planejamento estratégico.
Filosofias e Diretrizes: Referem-se aos valores, missão, visão e princípios que norteiam a empresa. Estabelecer filosofias e diretrizes claras ajuda a manter todos os colaboradores alinhados com os objetivos da organização, fortalece a cultura corporativa e pode melhorar a tomada de decisão em todos os níveis da empresa.
Objetivos e Metas: São os resultados específicos e mensuráveis que a empresa planeja alcançar. Eles devem ser realistas, desafiadores e alinhados com a visão geral da empresa. Os ganhos incluem maior foco e direcionamento para os esforços da equipe, além de facilitar o monitoramento do progresso e o ajuste de estratégias.
Plano Tático/Operacional: Este plano envolve a criação de estratégias e ações para alcançar os objetivos e metas estabelecidos. Ele detalha quem fará o quê, quando e como. Implementar um plano tático bem estruturado pode levar a uma execução mais eficiente, melhor gestão de recursos e maior probabilidade de atingir os objetivos.
KPIs (Key Performance Indicators): São indicadores-chave de desempenho usados para medir o sucesso em relação a um objetivo específico. Os KPIs eficazes ajudam as empresas a avaliar o progresso, identificar áreas que precisam de melhorias e tomar decisões baseadas em dados. Eles são fundamentais para o acompanhamento do desempenho e para a tomada de decisões estratégicas.
Para execução destas 5 etapas existem muitas metodologias disponíveis no mercado. É evidente que cada metodologia deve ser aplicada de acordo com o nível de complexidade da empresa: tamanho de faturamento, quantidade de funcionários, tipos de serviço e/ou produtos. É aqui que se faz necessário experiência com conhecimento. Não adianta o(a) empreendedor(a) do ramo de alimentação ter experiência na cozinha de restaurantes Michelin e, achar que fazendo um MBA em administração ele vai conseguir com agilidade prática, lidar com o mercado. É aí que muita empresa quebra.
Vou direto ao ponto. Brasileiro tem problema com finanças. O Brasil está entre os países com menor inclusão financeira no mundo, aponta pesquisa divulga pela Exame. O índice examina como os respectivos governos, sistemas financeiros e empregadores de um mercado fornecem ferramentas, serviços e orientações relevantes para proporcionar mais inclusão financeira. A pesquisa analisou 42 mercados e os classificou em três pilares: apoio governamental, apoio ao sistema financeiro e apoio aos empregadores, usando dados de fontes públicas e baseadas em pesquisas. O Brasil ocupa 35º lugar no ranking.
Pra onde foi meu dinheiro?
Pela ausência de educação financeira na cultura brasileira e falta de preparo, é comum escutar isso de boa parte dos(as) empreendedores(as). É obvio que tudo o que acontece na empresa escoa no financeiro. Nada é de graça. Saber controlar e analisar tudo isso, exige técnica, experiência para análise e tecnologia para garantir informação de qualidade.
Impacto na Estrutura de Custos: Os custos fixos, como aluguel, seguros e salários para funcionários permanentes, permanecem constantes independentemente do nível de produção da empresa. Isso significa que, mesmo que a empresa não produza nada, esses custos ainda precisarão ser pagos.
Desempenho Financeiro: Empresas com altos custos fixos precisam de um volume significativo de vendas para atingir o ponto de equilíbrio e começar a gerar lucro. Isso pode ser vantajoso quando as vendas estão altas, mas arriscado em tempos de vendas baixas.
Análise de Ponto de Equilíbrio: Os custos fixos são cruciais na análise de ponto de equilíbrio, que ajuda a empresa a determinar a quantidade mínima de um produto que deve ser vendida para cobrir todos os custos. Estratégias eficazes de gerenciamento de custos fixos, como locação de ativos e terceirização de funções de negócios, podem ajudar a reduzir os custos fixos e baixar o ponto de equilíbrio.
Impacto no Volume de Produção: Os custos variáveis, como matéria-prima, mão de obra direta e utilidades, mudam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas. Isso significa que, conforme a empresa produz mais, os custos variáveis aumentam e, se a produção diminui, esses custos também diminuem.
Estratégia de Preços: Os custos variáveis são essenciais para determinar a estratégia de preços, pois impactam diretamente no custo de produção de um produto. Eles influenciam a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio, sendo fundamentais para a definição de preços que cobrem os custos de produção e geram lucro.
Tomada de Decisões Estratégicas: Entender e gerenciar custos variáveis é crucial para decisões estratégicas relacionadas à escalabilidade das operações, otimização de recursos e investimentos em novas tecnologias. Por exemplo, uma empresa que planeja expandir suas operações precisa estar preparada para um aumento nos custos variáveis e deve ajustar suas estratégias de preços e margens de lucro de acordo.
Acredito que muitos problemas seriam evitados se o(a) empreendedor(a) soubesse - de prontidão, qual foi seu lucro líquido real do mês anterior na sua empresa. A partir daí, deste nível de maturidade financeira, é possível realizar um Planejamento Estratégico coerente e com muitas possibilidades de êxito.
Planejamento Estratégico Eficaz
Embora uma base financeira robusta seja um ponto de partida crucial, ela não é o único elemento essencial para o sucesso empresarial. É fundamental possuir um conhecimento técnico aprofundado em gestão, bem como experiência prática em grandes corporações, para compreender e efetivamente resolver o complexo desafio de alinhar as condições financeiras com os objetivos estratégicos da empresa.
Esse alinhamento exige uma compreensão sofisticada dos diversos componentes que formam a estrutura organizacional e a capacidade de integrar eficazmente as metas financeiras com as estratégias de longo prazo da empresa. Para que exista um Planejamento Estratégico de Negócio eficaz, algumas habilidades com boas experiências são fundamentais:
Experiência Analítica: Esta habilidade envolve a capacidade de interpretar e analisar dados complexos, como relatórios financeiros, indicadores de desempenho (KPIs), análises de mercado e tendências de consumo. Exige entendimento profundo dos fatores que afetam a empresa e a capacidade de usar essas informações para tomar decisões estratégicas informadas.
Forte habilidade de Comunicação: Essenciais para articulação clara das estratégias, tanto internamente quanto externamente. Isso inclui a habilidade de apresentar ideias complexas de forma compreensível, negociar com stakeholders, e facilitar a comunicação efetiva entre diferentes departamentos e equipes.
Autoconhecimento em dia: O autoconhecimento é crucial na construção de um planejamento estratégico de negócios, pois permite que líderes e gestores entendam melhor suas próprias forças, fraquezas e estilos de liderança. Isso é importante para tomar decisões mais informadas e adaptativas. Líderes com alto autoconhecimento tendem a ser mais eficazes na comunicação, na resolução de conflitos e na motivação de suas equipes. Eles também são capazes de identificar oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, o que pode levar a uma melhor gestão e ao crescimento sustentável da empresa.
Experiência em Resolução de Problemas: Capacidade de identificar problemas estratégicos, analisar suas causas e efeitos, e desenvolver soluções criativas e eficazes. Isso requer um pensamento crítico e uma abordagem sistemática para solucionar problemas de forma eficiente.
Técnicas de Planejamento e Gestão: Incluem o estabelecimento de metas claras, a alocação eficiente de recursos e a gestão de projetos para garantir a implementação bem-sucedida das estratégias. Requer organização, atenção aos detalhes e habilidade para gerenciar prazos e expectativas.
É essencial que os(as) empreendedores(as) compreendam a importância de alinhar as condições financeiras com os objetivos estratégicos. Isso requer um conjunto de habilidades analíticas, fortes capacidades de comunicação, experiência em resolução de problemas e técnicas de planejamento e gestão. Estes elementos, combinados com conhecimento técnico em gestão e experiência prática, são cruciais para navegar o complexo ambiente empresarial e garantir o sucesso sustentável de um negócio em um mercado competitivo.
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